O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decide nesta quarta, 19 de março, a nova taxa básica de juros.
A expectativa é que o Comitê eleve a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que é a taxa básica de juros da economia brasileira, em 1 ponto percentual passando de 13,25% para 14,25% ao ano.
A reunião desta semana é a segunda sob o comando do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Na última reunião, no mês de janeiro, o Copom já havia comunicado essa elevação de 1 ponto percentual na reunião do mês de março. A pressão causada pelo preço dos alimentos e da energia, o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim de 2024, justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.
Com este aumento, a taxa Selic irá alcançar o maior patamar alcançado, desde 2016.
Como a variação da taxa Selic afeta os investimentos e empréstimos?
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic não afeta apenas a economia em nível macro, mas tem impacto direto na vida financeira das pessoas. Seja para quem investe ou para quem precisa de crédito, a oscilação dos juros básicos da economia pode representar novas oportunidades ou desafios.
Impacto nos investimentos
Para quem investe, a taxa Selic influencia diretamente a rentabilidade dos ativos, principalmente aqueles de renda fixa. Veja como cada cenário pode afetar seus investimentos:
Selic em alta: Com juros mais elevados, investimentos atrelados à taxa, como o Tesouro Selic, CDBs e fundos DI, se tornam mais atrativos, pois passam a oferecer um retorno maior. Além disso, esse cenário tende a esfriar o mercado de ações, já que o rendimento garantido na renda fixa se torna mais competitivo, afastando investidores da renda variável.
Selic em baixa: Quando os juros caem, os investimentos de renda fixa rendem menos, o que leva muitos investidores a buscar alternativas mais rentáveis, como ações, fundos imobiliários e até criptomoedas. Isso aquece a Bolsa de Valores e impulsiona setores que dependem de crédito, como construção civil e varejo.
Impacto nos empréstimos e financiamentos
Para quem precisa de crédito, a Selic influencia diretamente os juros cobrados pelos bancos. Um aumento na taxa eleva o custo de empréstimos, financiamentos imobiliários e até do rotativo do cartão de crédito. Já uma redução dos juros básicos torna o crédito mais acessível, facilitando financiamentos e incentivando o consumo.
Com Selic alta:
- Empréstimos e financiamentos ficam mais caros.
- Acessar crédito se torna mais difícil, freando o consumo.
- Dívidas tendem a crescer mais rápido devido aos juros elevados.
Com Selic baixa:
- Financiamentos de imóveis e veículos se tornam mais acessíveis.
- Empresas têm mais facilidade para investir e expandir.
- O consumo da população aumenta, aquecendo a economia.
O que fazer diante das oscilações da Selic?
Se a taxa Selic sobe, pode ser um bom momento para priorizar investimentos em renda fixa, que garantem segurança e boa rentabilidade. Em contrapartida, se os juros caem, vale considerar uma diversificação maior, buscando opções que protejam seu patrimônio da inflação e ofereçam ganhos a longo prazo.
Já para quem precisa de crédito, é essencial planejar-se bem antes de assumir novas dívidas e ficar atento às taxas de juros cobradas pelos bancos, evitando cair em armadilhas financeiras.
Independentemente da decisão do Copom, a melhor estratégia é sempre acompanhar as movimentações do mercado e ajustar seus investimentos e decisões financeiras de acordo com o cenário econômico. Fique atento e planeje bem seu dinheiro!






